Numa atuação abrangente e flexível, têm sido desenvolvidas ações de capacitação (comunidade escolar e parental) e sessões de terapia assistida por animais (cão e cavalo)., de acordo com as necessidades e recursos disponíveis em cada escola. Todas as ações são desenvolvidas no âmbito do programa educativo individual (PEI) do aluno, do plano individual de transição (PIT), visando apoiar a inclusão das crianças e jovens com PEA através da facilitação do acesso ao ensino, à formação, ao trabalho, ao lazer, à participação social e à vida autónoma.
Objetivos da intervenção do CRI:
- Avaliar de forma especializada as crianças e jovens com PEA, recorrendo a instrumentos de avaliação de cada área de intervenção;
- Intervir de forma especializada, individualizada e adaptada às necessidades e características de cada aluno;
- Apoiar na elaboração, implementação e monitorização dos programas educativos individuais;
- Colaborar na elaboração de materiais de trabalho com conteúdos de apoio ao currículo, nos domínios da avaliação e da intervenção;
- Desenvolver ações de formação e sensibilização de apoio à família e à comunidade escolar;
- Consciencializar a comunidade para a inclusão de pessoas com PEA;
- Participar na elaboração do Plano Individual de Transição (PIT), proporcionando experiências em contexto real de trabalho na comunidade;
- Promover o apoio à transição dos jovens para a vida pós-escolar.
Tem como parceiros, atualmente, os seguintes agrupamentos escolares:
- Agrupamento de Escolas Adelaide Cabette
- Agrupamento de Escolas de Alfornelos
- Agrupamento de Escolas da Bobadela
- Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro
- Agrupamento de Escolas João Villaret
- Agrupamento de Escolas das Laranjeiras
- Agrupamento de Escolas Pedro Eanes Lobato
- Agrupamento de Escolas Pintor Almada Negreiros
- Agrupamento de Escolas Sta. Maria dos Olivais
- Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira
Desde o início da sua atuação, a equipa do CRI sempre trabalhou em articulação com as equipas das Unidades de Ensino Estruturado para o Apoio à Inclusão de Alunos com Perturbações do Espetro do Autismo e maioritariamente com os alunos por elas apoiados. Esta resposta foi criada formalmente pelo decreto-lei nº 3/2008, constituíndo-se como uma rede em escolas ou agrupamentos de escolas, com vista a concentrar meios humanos e materiais que pudessem oferecer uma resposta educativa de qualidade a estes alunos, sendo objetivos destas unidades, entre outros:
a) Promover a participação dos alunos com perturbações do espetro do autismo nas atividades curriculares, entrosando com os seus pares de turma;
b) Implementar e desenvolver um modelo de ensino estruturado, consistindo na aplicação de um conjunto de princípios e estratégias que promovam a organização do espaço, do tempo, dos materiais e das atividades;
c) Aplicar e desenvolver metodologias de intervenção interdisciplinares que, com base no modelo de ensino estruturado, facilitem os processos de aprendizagem, de autonomia e de adaptação ao contexto escolar;
d) Proceder às adequações curriculares necessárias;
e) Assegurar a participação dos pais/encarregados de educação no processo de ensino e aprendizagem;
f) Organizar o processo de transição para a vida pós-escolar.
Com a implementação da legislação referente ao regime jurídico da Educação Inclusiva (Decreto de Lei 54/2018, cuja versão atualizada pode consultar aqui) foram criados os Centros de Apoio à Aprendizagem, com um âmbito mais abrangente, que acolheram as estruturas existentes no terreno, nomeadamente estas unidades especializadas.
Poderá consultar a lista de agrupamentos de escolas que dispõem de recursos especializados para alunos com autismo, na região de Lisboa e Vale do Tejo, disponibilizada pelo Ministério da Educação (relativa ao ano letivo de 2016/2017) aqui.