Não existe uma cura para o autismo, nem sequer uma única intervenção adequada a todas as pessoas com autismo. No entanto, dependendo do nível e da intervenção adequada, pode ser atingida uma autonomia e/ou inclusão quase total.
A intervenção nas perturbações do espectro do autismo deverá ser sempre individualizada e deve ocorrer de uma perspetiva multidimensional e multidisciplinar.
Ao longo da vida, poderão existir diversos focos na intervenção, mas os objetivos são sempre os de maximizar a funcionalidade do indivíduo, a sua independência e aumento da qualidade de vida ao longo do desenvolvimento e das aprendizagens. Devido às especificidades desta problemática, existe sempre uma aposta no desenvolvimento e aumento das competências sociais e de comunicação. É importante, ao mesmo tempo, haver uma redução e controlo das comorbilidades e prestar sempre o máximo de apoio às famílias, cuidadores e redes de apoio.
As pessoas com autismo devem ser sempre ajudadas a atingir o seu máximo potencial e tentar que lhe sejam proporcionadas atividades dentro das suas áreas de interesse.
Apesar de o autismo ter uma base biológica, as intervenções que têm demonstrado maior eficácia são as de natureza comportamental e educacional. A medicação tem um papel menos importante no autismo em si, mas pode ter uma grande importância no controlo de comorbilidades e alterações comportamentais, potenciando assim a disponibilidade da pessoa com autismo para outras intervenções e aprendizagens.